Ora cá estamos. Mais um ano, mais coisas boas e más.
Não sei se é por estarmos num ano diferente (e nem sonham como eu abominei o ano de 2010) mas estou mais bem disposta, mais alegre e menos amargurada. Apesar de ter os mesmos problemas, acho que ando a vê-los de forma mais pacifica. É bom (:
Hoje vou contar uma história, porque a cada dia que passa apercebo-me como as pessoas são más e como isso já vem de pequeninas.
"Há muitos anos atrás, uma menina ia a passear numa ponte com uma senhora que gostava muito dela. Essa menina andava sempre de chupeta na boca e não havia quem lha tirasse, se não era berreiro certo.
Então, nesse dia, à volta dessa ponte estavam várias gaivotas e entre eles estava uma gaivota relativamente pequena em comparação às outras. A senhora, com uma ideia brilhante, disse à menina que a gaivota pequena era bebé e que precisava de uma chupeta mas ninguém lhe dava. A menina debruçou-se para ver a gaivota bebé e contemplou-a durante alguns minutos. Passado um bocado, a senhora perguntou-lhe se não queria oferecer a sua chupeta à gaivota bebé para ela deixar de ficar triste. Então, a menina tirou a chupeta e deu-a à senhora. Diz-lhe que fui eu que mandei, disse a menina. E a senhora, atirou a chupeta ao rio.
Essa menina nunca mais pediu a chupeta, e nunca chegou a gabar-se a ninguém, nem à mamã, que tinha feito tal coisa.
Uns anos mais tarde, a menina encontrou a chupeta guarda numa armário de casa e disse à mãe: eu tinha dado a chupeta à gaivota. Como veio cá parar outra vez? E a mãe riu-se e contou-lhe que a chupeta nunca tinha saído do bolso da amiga e que a gaivota bebé nunca tinha estado triste por não ter chupeta. Então a menina riu-se e disse: enganaram-me! Mas não faz mal, porque ninguém ficou triste."
Esta história é verdadeira e foi-me contada por 2 intervenientes da mesma. E é nestes momentos que eu penso que a bondade e bom carácter das pessoas se revela. É numa criança de 2 anos que se vê o que realmente faz parte da personalidade e do valor de cada um enquanto pessoa. E é também nestes momentos que vejo que há pessoas más que sempre o foram, desde pequenas. Nós é que preferimos pensar que pequenos gestos de maldade ou egoísmo não têm importância numa criança e que um dia isso mudará. Mas no futuro, esses pequenos gestos têm impactos brutais na sociedade.
Enfim. Um pequeno desabafo com um ligeiro toque de sermão mas que faz qualquer pessoa reflectir. Perdoem-me a maçada, mas de vez em quando faz falta. (:
PS: Não há regra sem excepção, e há sempre crianças que têm atitudes más mas que se tornam pessoas maravilhosas. Espero que um dia os meus filhos (quando os tiver) se tornem nessas pessoas maravilhosas, independentemente da infância que tiverem.